domingo, 12 de janeiro de 2014

Fender x Gibson

Fender x Gibson

Já li e ouvi inúmeras besteiras sobre essas duas marcas de guitarras, tão definitivas para o instrumento.
Instrumentos completamente diferentes e que se completam.

Existe a melhor? Não. Toda e qualquer opinião sobre isso é motivada pelo gosto pessoal de cada um. O papo de que uma é mais para blues, outra para rock, heavy...ou o som que seja, são mais convenções e lenda. Sim, um humbucking soará "melhor" para um som pesado..mas nada impede de criarmos outro timbre pesado, usando um single coil, ou sei lá o que... só depende da criatividade do músico.

É sempre assim...até a hora que aparece alguém contrariando essas máximas, com algo totalmente diferente do "estilo", com um senhor timbre e fazendo um belo som, e logo os seguidores e admiradores aparecem elogiando e falando que o cara e o que ele usa é o máximo.  

Voltando a essas duas marcas, basicamente o que eu não gosto na Gibson é o corpo não anatômico e os ângulos retos em suas bordas, que são desconfortáveis. Mas o maior problema que tenho com elas é em relação ao meu timbre.
Definitivamente humbuckings não são a minha praia e como já testei inúmeros single-coils em mogno e nenhum deles me agradou, incluindo single P90 da Gibson, esta madeira também não me interessa. Para não ser totalmente injusto, já consegui um timbre que me agradou, na Telecaster em mogno que tive em que usei um humbucking Seymour Duncan (era um modelo para jazz) junto com um Gibson 57, dos anos 70.

A combinação dos dois, me dava um timbre perfeito para o que eu estava fazendo na época.
Tocava em uma banda de country rock e usava basicamente slide. A combinação desses dois humbuckings me dava um timbre que lembrava um Pedal Steel, e claro, eu tentava reforçar isso com os controles de tonalidade. Para meu azar, o Seymour Duncan morreu. Ele simplesmente parou de funcionar e técnico nenhum descobriu o motivo.

Tocávamos muito em um bar chamado General Lee, que ficava em Cabo Frio na região dos lagos, no Rio de Janeiro e lá fazia um calor infernal. Em uma noite eu praticamente derreti em cima da guitarra e ela literalmente tomou banho de suor. Nesta mesma noite, este humbucking ficou estranho e eu tive que usar outra guitarra. Na noite seguinte ele funcionou normalmente e não pensei mais no assunto. Dias depois, em casa, fui ligar a guitarra e som nenhum saiu dele...estava morto.

Levei em pessoas que mexiam com captadores e nenhuma delas conseguiu desvendar o mistério. A explicação que tenho, é que ou arrebentou algum fio da bobina em seu interior, ou o suor que entrou nele oxidou algo lá por dentro ...era daqueles humbuckings onde as bobinas ficam expostas. Como o Gibson tinha a capa de metal, com ele não rolou nada. Tentei dois outros humbuckings mas não consegui mais o timbre que me agradava e como parei de tocar country, não vi mais necessidade de procurar ou comprar outro Seymour Duncan do modelo que se foi..enfim..de investir nisso. Troquei o Gibson 57 por um Gibson P90 com um amigo e a Tele virou instrumento de testes, como mencionei anteriormente.

Fora esses meus poréns, a Gibson é um instrumento maravilhoso, que tem um braço fácil e delicioso de se tocar, um acabamento fora de série, e é claro que eu gostaria de ter vários modelos, nem que fosse apenas para ficar adimirando-as. Para não dizer que sou completamente arredio as Gibsons por causa dos humbuckings, existem as Firebird que tem uma sonoridade digamos, mais Fender, o que acredito seja cortesia dos mini humbuckings que elas usam..além de eu gostar muito do visual delas.

E as Fender? Eu gosto de tudo na Fender Stratocaster.  A Strato para o meu som, meu conforto e sem contar que continuo achando a guitarra mais bonita e perfeita (pelo todo) já inventada, é meu Edem...não preciso de outra..a não ser outras Stratocasters.

Nenhum comentário:

Postar um comentário