Sons em que toquei


Aramaico 1979

https://www.youtube.com/watch?v=WFndsteG5Bo

O Aramaico foi uma banda instrumental que seguia uma linha meio A Cor Do Som.
Tocava, chorinho, baião...em uma fusão com rock progressivo. Este grupo já estava na estrada e tinha um certo respeito entre o público underground.
Sua formação era Mariozinho (líder da banda e multi instrumentista) na guitarra baiana, Peninha (ex Hidrante e futuro Herva Doce...já falecido) na bateria, Sonia Bessa no baixo e eu guitarra.
Fiquei pouco tempo, fizemos uns 2 ou 3 shows e a banda acabou, me parece.

O único registro que tenho com eles é esta gravação de ensaio. Uma música apenas.
Após o solo de improviso de guitarra, erramos. Então retomamos do ponto onde eu solava e a música seguiu, rumo a um solo de bateria do Pena.

Na época, o que eu usava com eles era minha Strato 69, um Phase Shifter Small Stone da Electro Harmonix, plugado em um amp BAG da Giannini, que tinha um bom timbre, apesar do tamanho e da falta de recursos.
É com este set que toco nesta gravação.

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Marku Ribas - Urubu de meu loro - outtake 1982

https://www.youtube.com/watch?v=1MXE9NQXy3o

Conheci Romero Lubambo em 1979, através de Carlos Adriano (Hidrante)...eles estavam tocando com um sambista chamado Walmir Lucena. Nesse dia acho que já estava rolando algo sobre eu substituir o Romero nessa gig...e assim foi.

Em 1982, Marku Ribas estava gravando um disco independente chamado Brasil com Z, no estúdio Timbre em Botafogo (RJ). Romero estava fazendo as guitarras e precisavam de uma guitarra mais rock, então ele me chamou.

Uma das músicas em que coloquei guitarra não foi aproveitada, mas como fiz amizade com os técnicos e donos do estúdio, Lauro e Willy (já falecido) pedi para eles uma cópia em fita cassete. Willy abriu a música e a copiou sem equalizar..foi dando uma equalizada conforme a música ia tocando...pra mim estava ótimo, pois só queria ter o registro.

A gravação desta música que saiu no disco, terminou sendo uma que ficou só com a guitarra do Romero. Como não tenho em mãos o disco.. e esta aqui virou um autêntico bootleg, nada mais apropriado que mostra-la.

Nestas gravações, entre outros, fiquei amigo do baixista Helinho Vidal (já falecido)..uma figuraça, muito engraçado e muito gente boa e de bom coração. Tem fotos no vídeo...e do batera Elcio Cafaro, outra figura e que já era amigo do Helinho.

Obs.: Como tive amigos que já se foram...

Eu estava com uma música minha tocando na rádio Fluminense FM, mas as pessoas com que gravei tinham outros trabalhos e não estavam disponíveis para tocar ao vivo.
Sem banda, comecei a usar meu nome para levar meu trabalho adiante.

A vibe com Helinho e Elcio tinha sido muito boa e os convidei para formar um power trio comigo...o que aconteceu.
Este trio também se tornou a banda de apoio para algumas apresentações deste disco do Marku.
Fizemos alguns shows com minhas músicas e também com o Marku, como disse, além de uma pequena participação na re filmagem de Macunaíma, onde Marku, me parece era o protagonista. Não sei se esta re-filmagem virou mesmo um filme ou se passou em algum lugar.

Depois de um tempo o power trio terminou, o trabalho com Marku também, e eu, apaixonado por uma galega fui morar em Volta Redonda (RJ), onde passei quase todo o ano de 1984 tocando em uma banda de baile (Cravo e Canela)..conto causos dessa época aqui, em outra postagem.

E a galega?
Sei lá que fim deu! Tenho que perguntar pro Julio!
Que Julio?
Vocês não conhecem não! hihihi

Urubu é meu lôro (Marku Ribas-Reinaldo Amaral)

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Tocaia 1987 / 1995

https://www.youtube.com/watch?v=gKW_XOj6y1I
Tocaia - 1987/1995

Eu e Willian Murray (ex baixista do Bacamarte) formamos essa banda instrumental sem muitas pretensões e fomos levando até onde deu.

Nunca nos apresentamos ao vivo e também não gravamos nada com qualidade de estúdio.
Quase todas as gravações que temos, foram feitas em ensaios e gravadas apenas com dois microfones...e uma ou outra com porta estúdios.
Apesar da precariedade das gravações, elas são bem audíveis. E como são os únicos registros da existência desta banda...postei!

Willian Murray - baixo
Fernando Medeiros - guitarra
Chico Costa - sax
Zé Bruno e Álvaro Albuquerque - bateria (cada um a seu tempo)

No começo tinha uma onda fusion, conforme a formação foi se alterando, as composições tomaram outro rumo. Uma mistura de rock, jazz-rock, progressivo e fusion.

A primeira formação contava também com os teclados de Helvio...depois virou quarteto e por último trio.

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Malu Vianna - Vê se me esquece - Gravado ao vivo em 1985

https://www.youtube.com/watch?v=DoyCwiPU9gM
Em memória a Malu Vianna.

Toquei com ela em um curto período de 1984/85. Esta música, "Vê se me esquece", de seu irmão Marcos Vianna que era também guitarrista em sua banda, foi gravada em um show que fizemos na Danceteria Metróplolis em São Conrado, Rio de Janeiro em 1985.

O texto sobre a carreira dela foi extraído do Blog de Manoel Leite.
No vídeo tem o endereço deste blog na net.

A banda na época era formada por:

Denis Bogerti, bateria. Chico Julian, baixo. Wilson Botelho, guitarra base. Eu, uma das guitarras solo e Marcos Vianna, a outra guitarra solo.

Usei neste show minha Strato 69, um pedal FX55 Distortion da DOD, plugado em um amp Fender Twin Reverber.

Gravação feita pelo engenheiro de som da casa.

Mais informações no vídeo.

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THC The Last Show   Niteroy 85

https://www.youtube.com/watch?v=Kzq_vRGE958

Gravação ao vivo do último show realizado pela banda THC. Niteroy 1985.

O THC - Todos Honestos Cidadãos - foi formado por Assad Emily (guitarra, composições...)e Victor (Danger) Gusmão (baixo)
A primeira formação de que tenho conhecimento contava com Assad, Victor, Jorge Victor, (bacalhau) guitarra. José Maurício Ambrosio, o Vermi Ji nos vocais, Ronaldo na bateria e Tania, backing vocal.

Depois, já sem a Tãnia, Mauro (Liberalli) Lauro foi pra bateria e eu entrei no lugar do Jorge.

E depois de uns 4 shows a banda acabou.

Os shows que fizemos com essa última formação, foram:
Um na danceteria Mistura Fina, que ficava na Barra da Tijuca. Um show muito estranho com um público mais estranho ainda.

Fizemos um Play Back, me parece em Campo Grande (RJ).
Sei que era longe. Chegamos meio mortos/chapados e fomos lá fingir. Sinistro..o palco era no formato de uma pista de desfile...um T.

Fizemos as mímicas..acho que 2 músicas...na saída as periguetes (só vi tribufu) tentando nos agarrar. Conseguiram me pegar e quase ganho um beijo na boca...escapei.

Depois tocamos no Circo Delírio, na noite de lançamento do disco "Os Intocáveis", que reunia várias bandas, dentre elas o THC. Sergio Dias, que foi também quem produziu o compacto da banda, estava pelo Rio nessa época e foi operar nosso som.

Não lembro se teve algum outro show, mas o último foi este da gravação e aconteceu no Clube Tamoio em Niterói. Tinham, com quase absoluta certeza, 12 pessoas na plateia. Um galpão imenso, que era ligado a outro igual. Não tenho muita noção de ocupação de espaço...mas pelo tamanho do lugar...acho que cabiam umas 10 mil pessoas tranquilamente. Aquilo lotado seria gente pra burro...ia faltar aparelhagem de som.

O técnico de som, que foi o mesmo que operou as outras bandas no Circo Delírio, nos gravou e somos imensamente gratos a ele...infelizmente não lembro o seu nome. Deve ter sido árduo, pois um lugar daquele tamanho vazio...deve ser osso pra equalizar e manter tudo audível e em ordem..domar eco não é fácil. Com toda a dificuldade que teve, ficou um excelente Bootleg.


Tocamos apenas 4 músicas. Único registro que tenho tocando com eles. A guitarra do Assad é a que esta mais em evidência. Minha guitarra dobrava muitas coisas com o baixo, outras com o Assad e aos poucos estava tendo um espaço maior.

Assad Emily era um grande guitarrista e compositor...além de figura. Tinhamos uma relação muito boa de respeito e admiração, um pelo trabalho do outro, sem contar que Assad tinha uma vibe boa e bom coração. Isso era também uma característica nessa banda...a amizade.

Jorge Victor e eu, montamos nossa primeira banda juntos, por volta de 73, 74...ele tocava bateria. Fizemos muito barulho na casa onde ele morava, em Botafogo.

Em 79, conheci José Mauricio e Tãnia também. Victor e Assad fui conhecer um pouco depois, creio que 82-83. E Mauro Lauro, nos conhecemos na banda.

Victor Gusmão (Danger), que é quem ainda carrega a brasa sagrada do THC, faz alguns comentários sobre a época da gravação do tema do Rock in Rio.

Victor Danger contou...

O clip do Rock in Rio não foi ao ar, devido a política das gravadoras Som Livre e CBS, com o apoio do Eduardo Souto Neto.

O hino do maior festival de rock do mundo não poderia ficar vinculado a um grupo de rock novo, senão aonde ficaria o Eduardo S.N.???

Ninguém fala do Nelson Wellington que fez a letra.

Músicos do Roupa Nova, a pedido do Eduardo, gravaram com o Vermi Ji, cantor do THC, outra versão para desvincular o nome do THC do Rock in Rio. E conseguiram... até agora que comprei um scanner novo.

Sobre o clip para o Rock in Rio, Victor disse.:

Este vídeo não existe mais. Destruíram os takes por ordem de alguém.
Fiz tudo que pude para recuperar. Foram 6 horas de gravação e ficou super legal. Era a semana anterior ao Rock in Rio e ia ao ar no Brasil todo.

Com o fim do THC em junho de 1985, Vermi Ji, Mauro Lauro e eu, fomos para Ubatuba formar o Camaleão.

As músicas do show.

Como isso aqui é um blog de guitarrista, vou dizer as participações minhas e do Assad nelas.

Em "Só em sonho" ...que confesso, não sei se o nome é esse, a primeira guitarra é o Assad, eu faço a harmonia.
No meio eu faço um solo e as outras intervenções e o último solo são do Assad, que mandou ver.

No finalzinho o cara do som aumentou minha guitarra e já que o Assad não tinha ido, fui eu fazer as firulas de fechamento. Acho até que era combinado isso.

Tangerina

Abre com o Assad. No solo do meio são as duas guitarras..depois segue o Assad de novo. Assad fez também o backing vocal.

Rolar pra você

Assad abre com o arranjo dela.
O solo do meio as duas guitarras fazem juntas. Um solo pronto bem legal e bem executado também. Assad era também um grande compositor.

No final, tivemos um pequeno desencontro e logo em seguida, quando o Assad ia começar algo, teve que parar. Acho que teve algum problema nos cabos dos pedais...não lembro mais...e novamente o técnico de som levantou minha guitarra pras últimas firulas.

Rock in Rio

Eu faço o solinho da abertura.
O solo do meio, as duas guitarras faziam juntas em um crescendo muito legal.
E o solo final sou eu de guitarra slide.

Espero que gostem deste raro documento, de uma grande banda Carioca.

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Grupo Hidrante - Até quando - Gravado por Carlos Adriano e Fernando Medeiros

https://www.youtube.com/watch?v=7j8Fr-mkuiM

Em 1977 ou 78, recebi o convite para tocar no grupo Hidrante. Uma banda semi profissional com repertório próprio. Fui convidado para o lugar de Marquinhos Vianna, que tinha saído. Ele era irmão da Malu Vianna, que já postei uma música e falei dela no blog.. pois também toquei com ela e com ele depois.

Carlos Adriano, guitarra e vocal (falecido já), Antonio (Tony-Toninho) Lopez no baixo... quando entrei estava Luiz Claudio, mais conhecido como Blog, que tocou entre outros com o Celso Blues Boy e sua Legião Estrangeira. Ficou um pouco e o Tony voltou.

Creio que o baterista original da banda era o Peninha...que mais tarde também tocou no grupo Herva Doce. Toquei com ele depois no Aramaico.
Quando cheguei estava o Minhoca (Fernando Antônio) e que depois saiu para a entrada de Oscar, que teve problemas.
Tinha ainda Caquico nos teclados (algumas vezes) e Murilo, sax e flauta..algumas vezes também. Além de José Facury Heluy que contribuía como letrista.

Não sei muito sobre a história do grupo.. quando entrei ele já tinha uma estrada. Soube de um show com Paulo Cezar Girão, já conhecia o Adriano..

Conheci outros músicos mais velhos e mais experientes, a assistir seus shows e ter contato com bandas com cara de bandas, não conjuntinhos. Era realmente um mundo novo pra mim.

Fizemos alguns poucos shows.. teve um na primeira praça de skate do Rio em Nova Iguaçú, no subúrbio. Dividimos com o Flamboyant do Zé da Gaita. Pena que não tinha ninguém e nem lembro se ou o que tocamos. Acho que rolou uma jam...não lembro mesmo.

Três apresentações na Casa do Estudante Universitário (CEU) que foram bem legais..dois dias de casa cheia e o terceiro...cheia de amigos...

A CEU era um lugar underground onde bandas menos conhecidas tocavam no horário da meia-noite..um horário tradicional de shows de rock nos anos 70.
Tinha um palco bom pra dança..era inclinado...meio esquisito e ao mesmo tempo interessante, pois te projetava mais para o público e vice-versa.
Tocamos umas 3 vezes ali..meu primeiro show na banda foi ali.

Era tudo meio mambembe lá, o que eu sentia que afugentava certo tipo de público..gente fresca.

Na primeira vez que toquei só tinham cadeiras soltas..como tava vazio, não teve briga por nenhuma. No outro show, eles haviam colocado bancos e fizeram com uma inclinação...tipo arena..ficou legal e ajudou nessa projeção com o público, que mencionei. Você via todo mundo..era só olhar.

Num desses últimos shows, acho que no primeiro dia. O Murilo (sax) levou o cachorro dele...um poodle preto maiorzinho...gente boa, o cachorro!

Tinha uma música chamada Fernet e definida como um um tango punk...pelo menos era como como a gente chamava. Na realidade era só uma pegada de rock, em uma ideia de tango. Enfim...a letra desse "tango" surgiu de um vinho que o pessoal levava pros ensaios. Depois de entornar, saiu essa letra e a brincadeira toda. O vinho se chamava Fernet.

A letra falava assim:

Maldita desgraçada
dilacerastes o meu ser
entreguei-me a bebida
covarde a esquecer

Fernet, Fernet, Fernet.

Hoje tu me abandonaste
ainda me vingo de você
....
...daqui não lembro mais

Quem cantava isso era o Murilo. Ele dramatizava, se jogava no show e cantava deitado... e no show quando fez isso, o cachorro entrou e começou a lamber a cara dele...foi perfeito!

Acho que depois disso foi a entrada do Jaburu na bateria, Ricardo Lemmers no baixo e logo depois a banda deu uma parada.

Existem alguns registros de gravações de ensaios, mas não tenho comigo. A única gravação que tenho é esta feita algum tempo depois de forma acústica em um pequeno estúdio. Adriano fez os vocais, baixo e violão de 12 cordas...e eu, backing vocal e guitarra.

A música "Até quando", era do repertório da banda.


O Hidrante acabou e fui tocar no Aramaico, grupo que já postei aqui a única gravação que tenho com eles.

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