domingo, 9 de fevereiro de 2014

Overdriver, distorção, fuzz.....



Overdrivers, distorções, fuzzes.... é o tipo de pedal que sempre estamos procurando aquele especial.
As opções são incontáveis, mas achar o que te agrada nem sempre é fácil.

Não tive tantos quanto gostaria de testar, mas ao menos sei dos que mesmo sem testar fico com um certo pé atrás.

Pedais que tem apenas 1 controle de tonalidade...esses sempre me decepcionaram...nunca fiquei satisfeito com o timbre final. Prefiro até que não tenha controle nenhum de tonalidade.

Não existe meio termo e você relaxa com o que consegue ou se desfaz do bicho.

Dos que tive, alguns poucos me agradaram.

Tive um Ibanez chamado Mostortion, que soava bem interessante com humbuckings. Apesar de eu não curtir esses captadores, usava em uma Tele de luthier que tive e com ela esse pedal falava muito bem.
O Mostortion não tinha muito ganho, mas tinha controles de grave, médio e agudo individuais e isso fazia muita diferença pra mim que cismo com timbre. Quando fiquei sem essa guitarra (que virou de cobaia para testes) me desfiz do pedal...com single coils não o achava grandes coisas.


DOD FX 55. Uma distorção leve, simples e clean...ganho e volume só.
Era um pedal engraçado...as vezes eu conseguia um som bom e outras vezes não. Reparei que tinha a ver com o nível de volume que eu  usasse. Com o amp alto ele falava bem, com pouco volume era difícil. No geral tinha pouco peso e saturação. O maior atrativo que eu via nele era a clareza e o brilho...mas é pouco pra ficar com um pedal. Agora pensando aqui, ele com humbuckings devia soar bacana...já era!


Rat...tem quem ame...quase perdi os cabelos tentando timbrar.
Tinha um knob de filtro que funcionava como tonalidade sem muita opção, como é de praxe nesses controles únicos. Se botava mais agudo, perdia os graves e vice-versa...sem contar que a sonoridade dele me lembrava timbres mais heavy, o que não era a minha praia. Foi-se!


Tube Screamer. Funcionou pra mim como um complemento. Se você usa pouca saturação, é muito bom.

No meu caso, gosto que o pedal tenha um nível de saturação extremo, mas que eu tenha o controle disso na minha mão...sendo mais claro, no controle de volume da guitarra e na dinâmica que eu queira dar com minha mão direita. Pedais cujo ganho você não tem como controlar no volume da guitarra...ou seja, a medida que você o abaixa, o nível de distorção não diminui, não me interessam..me desfaço rápido e sem pena.

Tive alguns da Boss..com os tais controles únicos de tonalidade...não deixaram saudade.
Não estou falando de qualidade, estou falando de características.

O Overdriver deles eu gostava...assim como também gostava do primeiro compressor..ambos tinham apenas 2 controles e nenhum de tonalidade. Depois lançaram com mais recursos...incluindo o tal de timbre e não gostei de nenhum dos dois.


A inglesa Colorsound tinha coisas boas. Um deles era o Overdriver. No talo sôa como um fuzz e tem um pré poderosíssimo. Em amps valvulados não gosto muito, mas em transistorizados fica o bicho...faz parecer que estamos em um valvulado e tem um corte sensacional..não sei exatamente como definir este corte que falo, mas é como defino sua sonoridade.
Foi meu primeiro pedal de driver decente.. tenho um até hoje e adoro.
O primeiro que tive, consegui na época do grupo Hidrante...1978.

De tanto trocar peças quando ele quebrava, vendo que a qualquer hora iria parar de funcionar, pois até as trilhas da placa do circuito impresso já estavam se soltando, mandei fazer uma cópia e ficou praticamente igual. Depois de anos de uso, trocas de transistores e etc...tanto um quanto o outro pifou de vez.

Tempos depois consegui uma re-edição dele... vinha com um potenciômetro de volume em sua lateral. Os primeiros não tinham esse volume...só driver, grave e agudo.

Senti diferença no timbre...(não por causa do pot de volume) os anteriores que tive soavam mais harmônicos e doces...esse novo mais seco e médio.

Tenho um amigo que me quebra galhos e manja de construção de pedais. Pedi pra ele me fazer outra cópia do primeiro Colorsound. Eu tinha o esquema, as peças e também os defuntos...o meu primeiro e a cópia que fiz dele.
Esse amigo fez o pedal e pude comparar os timbres. Acredite, a cópia ficou melhor que o novo, pois usava as mesmas peças do primeiro...e o primeiro como disse, soava mais bonito.

Detesto ficar pisando em pedal...um dos motivos de eu gostar tanto do Overdriver Colorsound, é que toco o tempo todo com ele ligado..controlo a distorção no volume da guitarra.. mas já ha um bom tempo, tenho usado a distorção dos próprios amps em que toco..usando o volume da guitarra da mesma forma que com o pedal..... e claro que levo o Colorsound também. Quando o amp é meu ou o conheço, fica de stand by as vezes, mas quando não conheço o amp...vai que a distorção dele é uma boa porcaria...

Nenhum comentário:

Postar um comentário