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domingo, 30 de março de 2014

Venia Jam Band - Money - Pink Floyd - Free Slide Guitar



VENIA jam band

Somos um trio que por falta de cantor/a fazemos jams...algumas do nada, outras sobre músicas conhecidas, como esta do Pink Floyd.
Já tentamos cantar e vamos tentar de novo porque ta difícil de achar quem cante por aqui.

Pegamos "Money" do Pink Floyd...a música, se desse pegaríamos grana mesmo hehehe e tocamos livremente.

Quem esta cantando sem microfone é o baixista JA Brum e de resto é só free, com algumas coisinhas já incluídas na música.

Tipo....isso ficou legal..vou repetir.

A dinãmica das jams, via de regra é a seguinte:

Brum puxa algo no baixo e vamos atrás. Mauro Lauro, o baterista, viaja na maionese e tem como lema...não prestem atenção em mim... e nessa, as vezes vira um samba do crioulo doido.
Saí umas porradas, mas no geral nos divertimos muito e como estamos nos lixando pra algumas regras...as mesmas que por esse motivo muitas vezes nos desencontramos um pouco, sempre terminamos rindo ou fazendo bulling um com o outro.

As vezes alguém extrapola e fica difícil de tocar...o tempo vai pros car....mas depois nos achamos de novo rs

A parte técnica para quem quiser saber, é a seguinte:

Mauro Lauro usa uma bateria Pearl, com algumas coisas adicionais e toca com 2 baquetas...em cada mão...ele tem 8 braços.

Brum usa um baixo Snake dos anos 70, que tem uma sonoridade única...totalmente seventy, plugado em um combo Hartke.

Esse baixo pertenceu a Paulo Guerra - Baga, Espírito da Coisa, Chá de Estrada.
Depois foi trocado pela aparelhagem de som do Mauro Lauro - Baga, THC, Camaleão, Chá de Estrada, Steel Jam Blues, Venia.
Quem tocou com ele a partir daí foi Michael Striemer - Camaleão, Chá de Estrada.
Agora ta com o Brum - Steel Jam Blues, Venia.

Eu,...THC, Camaleão, .... e Venia. Tô usando uma guitarra Yamaha Pacifica, barata. Barata mesmo, paguei 439 reais na loja alguns anos atrás.
A madeira é ruim e me da problema com captação. Ela não tem corpo.

O braço é bom, as tarrachas sem luxos mas excelente, a ponte o material não é essas coisas mas esta direita...enfim, não é porque é barata que tenha que ser ruim...tirando o corpo e os caps, que no meu caso não chegou a ser um problema porque tenho vários captadores pra testar e troquei alguns. Enfim, em termos de tocabilidade e resposta que estou tendo, pra uma guitarra desse preço ta bom demais.

Na ponte tô com o humbucking que veio nela. Esse humbucking tem uma sonoridade que me agrada.. não totalmente porque não gosto de humbucking nenhum, mas esse achei agradável.
Os singles que vieram nela não curti, então coloquei um Gibson P90 no médio.. e no braço, tinha posto um single que casou bem mas passei pra outra guitarra e o que esta agora não fede nem cheira..nela.

Sem problemas porque só estou usando uma combinação de captadores, o humbucking com o P90, que é onde consegui o melhor timbre com ela. Tenho pra mim que o P90 possa ficar bom também no braço, mas aí perderia o que já esta...seria burrice.

O amplificador que uso nas jams é um pequeno valente, Fender Frontman 25 R, que quebra um galho fenomenal. Esse Fenderzinho puxa pro agudo e pelo cristalino natural dos Fender.

Tem aquela sonoridade de pré equalização de fábrica. Todo amp tem de certa forma. Uns você pode zerar realmente os controles, outros não totalmente. Tipo.. o Marsahall é naturalmente agudo, o Peavey médio agudo, o Fender acho mais neutro e natural, com clareza e brilho acentuado. Daí no caso deste, uso zero de médio, uns 4 de grave e agudo ou no zero ou no três. Outras vezes tudo no zero mesmo. Em todo amp que toco, uso o mínimo ou nada de médios.

Estou usando nessa gravação, guitarra slide em afinação standard, plugada em uma pedaleira ZOOM G1Next, regulados Delay e um Overdriver, só..além da equalização, é claro. Se tem algo embutido, um noise gate, por exemplo, não fui eu que coloquei...veio de fábrica, pois eu alterei uma programação que já existia.

As gravações são feitas com um gravador Micro BR da Boss, que tem um microfone embutido. O bichinho é muito bom.

Gravação feita no dia 26/03/2014.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Fender x Gibson

Fender x Gibson

Já li e ouvi inúmeras besteiras sobre essas duas marcas de guitarras, tão definitivas para o instrumento.
Instrumentos completamente diferentes e que se completam.

Existe a melhor? Não. Toda e qualquer opinião sobre isso é motivada pelo gosto pessoal de cada um. O papo de que uma é mais para blues, outra para rock, heavy...ou o som que seja, são mais convenções e lenda. Sim, um humbucking soará "melhor" para um som pesado..mas nada impede de criarmos outro timbre pesado, usando um single coil, ou sei lá o que... só depende da criatividade do músico.

É sempre assim...até a hora que aparece alguém contrariando essas máximas, com algo totalmente diferente do "estilo", com um senhor timbre e fazendo um belo som, e logo os seguidores e admiradores aparecem elogiando e falando que o cara e o que ele usa é o máximo.  

Voltando a essas duas marcas, basicamente o que eu não gosto na Gibson é o corpo não anatômico e os ângulos retos em suas bordas, que são desconfortáveis. Mas o maior problema que tenho com elas é em relação ao meu timbre.
Definitivamente humbuckings não são a minha praia e como já testei inúmeros single-coils em mogno e nenhum deles me agradou, incluindo single P90 da Gibson, esta madeira também não me interessa. Para não ser totalmente injusto, já consegui um timbre que me agradou, na Telecaster em mogno que tive em que usei um humbucking Seymour Duncan (era um modelo para jazz) junto com um Gibson 57, dos anos 70.

A combinação dos dois, me dava um timbre perfeito para o que eu estava fazendo na época.
Tocava em uma banda de country rock e usava basicamente slide. A combinação desses dois humbuckings me dava um timbre que lembrava um Pedal Steel, e claro, eu tentava reforçar isso com os controles de tonalidade. Para meu azar, o Seymour Duncan morreu. Ele simplesmente parou de funcionar e técnico nenhum descobriu o motivo.

Tocávamos muito em um bar chamado General Lee, que ficava em Cabo Frio na região dos lagos, no Rio de Janeiro e lá fazia um calor infernal. Em uma noite eu praticamente derreti em cima da guitarra e ela literalmente tomou banho de suor. Nesta mesma noite, este humbucking ficou estranho e eu tive que usar outra guitarra. Na noite seguinte ele funcionou normalmente e não pensei mais no assunto. Dias depois, em casa, fui ligar a guitarra e som nenhum saiu dele...estava morto.

Levei em pessoas que mexiam com captadores e nenhuma delas conseguiu desvendar o mistério. A explicação que tenho, é que ou arrebentou algum fio da bobina em seu interior, ou o suor que entrou nele oxidou algo lá por dentro ...era daqueles humbuckings onde as bobinas ficam expostas. Como o Gibson tinha a capa de metal, com ele não rolou nada. Tentei dois outros humbuckings mas não consegui mais o timbre que me agradava e como parei de tocar country, não vi mais necessidade de procurar ou comprar outro Seymour Duncan do modelo que se foi..enfim..de investir nisso. Troquei o Gibson 57 por um Gibson P90 com um amigo e a Tele virou instrumento de testes, como mencionei anteriormente.

Fora esses meus poréns, a Gibson é um instrumento maravilhoso, que tem um braço fácil e delicioso de se tocar, um acabamento fora de série, e é claro que eu gostaria de ter vários modelos, nem que fosse apenas para ficar adimirando-as. Para não dizer que sou completamente arredio as Gibsons por causa dos humbuckings, existem as Firebird que tem uma sonoridade digamos, mais Fender, o que acredito seja cortesia dos mini humbuckings que elas usam..além de eu gostar muito do visual delas.

E as Fender? Eu gosto de tudo na Fender Stratocaster.  A Strato para o meu som, meu conforto e sem contar que continuo achando a guitarra mais bonita e perfeita (pelo todo) já inventada, é meu Edem...não preciso de outra..a não ser outras Stratocasters.

Timbre e partes da guitarra


   
O bom som e o seu som de guitarra, é uma combinação de coisas e que vão além da guitarra em si. Mas por hora, fiquemos na guitarra.

A madeira do corpo por exemplo.: Existem várias madeiras utilizadas. Nenhuma te dará uma mudança tão drástica de timbre, sustain.. mas é claro que alguma mudança terá. No meu caso, talvez pelo hábito de usar por tanto tempo uma Fender em Alder, para o meu timbre e gosto é a madeira que me soa melhor. O Ash é bacana também, mas me falta algo. O Mogno funciona lindamente com humbuckings, mas com single-coils, nunca achei um que me soasse satisfatório. Tenho uma Tele em mogno feita por um luthier, que virou cobaia para meus testes com captadores. Tentei todo tipo de single-coils nela.

Ativos, passivos, Hots, humbucking em formato de single...Fender, DiMarzio, Seymour Duncan, marcas ignoradas.... nenhum me agradou a resposta...já com humbuckings, ela falava muito bem. Não é a tôa que a madeira mais usada pela Gibson, onde mesmo os captadores single coils, não soam como um single Fender, é o mogno.

Existem várias outras madeiras que são usadas na fabricação de guitarras, mas gosto dessas clássicas, principalmente o Alder, que me sôa balanceado aos meus ouvidos e gosto.

O braço tb diz muito em relação a timbre. Braços maple (madeira clara na escala) são brilhantes, mais agudos em relação aos de madeira escura, os rosewood, que soam mais macios, doces e menos brilhantes.


A qualidade do material usado na ponte, implica também em timbre, sustain, clareza e corte.

Um toque sobre pontes flutuantes. A Fender vem de fábrica com 5 molas. Muitos guitarristas para deixar a ponte macia e suave, retiram duas molas e as vezes três. O resultado é que ela fica realmente muito macia, mas em contrapartida, se arrebenta uma corda a afinação vai para o espaço; e se você estiver tocando ao vivo é realmente um problema. Na Fender, a forma para isso não acontecer é retirar apenas uma mola, deixando-a com 4 molas. Ela não desafinará assim e você terá a ação da alavanca mais suave. Se você usa muito a alavanca, meu conselho é colocar uma ponte estilo Floyd Rose. Me parece que ela desafina da mesma forma, caso arrebente alguma corda, mas como nunca usei uma ponte dessas, não posso afirmar que seja correto isso.


O nut, não sendo de plástico, minha preferência é pelo tradicional de osso. Existem nuts de outros materiais, mas tirando o de metal, que já usei, não tenho opinião formada. Não senti uma mudança muito expressiva do osso para o metal, mas é claro que existe, conforme o material usado.


Potenciômetros ruins tb podem alterar o timbre, deixando a guitarra com um som velado...não economize nisso pois é dinheiro,  tempo e trabalho jogados fora, sem contar que potenciômetros são baratos.


O capacitor usado no potenciômetro para timbre, também faz diferença e variações que se consegue colocando capacitores de valores que não sejam os usados normalmente, a mim nunca agradaram, então quando mexo nisso, procuro os tradicionais.


As cordas que vc usa tb atuam no timbre. Atuam em termos de peso,  volume, clareza...em um som mais magro ou mais denso (gordo), mais agudo ou mais puxado para o médio ou grave....
Existem diversos calibres e é questão de gosto e necessidade do guitarrista. No meu caso as 0.10 estão perfeitas, apesar de as vezes sentir necessidade de um som mais cheio e firme, quando uso o slide. Como uso a mesma guitarra para tocar com e sem slide, a 0.10 tem uma tensão que não me arrebenta os dedos e soa a contento. Mas calibre de cordas é de cada um. Só não aconselho abaixo de 09.

Nos anos 70, cordas eram um grande problema...a falta de opções era gritante. Conseguia-se quando muito cordas Fender e Gibson. Das Fender eu não gostava do som, além de elas durarem pouco. Gostava da Gibson que tinha uma tensão para mim, perfeita e o timbre consistente. Vc encontra variações de tensão em cordas do mesmo calibre mas de fabricantes diferentes, entre outras coisas. Uma corda mais facilmente encontrada na época, era uma Italiana da marca Galli e que vinha com uma mizinha extra de brinde. Usava 08...não sei como, até descobrir a 09 e depois definitivamente, a 010. Já testei 013 a título de curiosidade, mas eu teria que mexer em toda a regulagem da ponte, incluindo o braço, que chegou a envergar um pouco com a tensão excessiva das cordas mais pesadas. 0.11 seria um meio termo mas preferi continuar com a 010.

Um toque sobre colocação de cordas: Para a corda desafinar pouco, use-a curta. A partir da tarracha que você estiver colocando a corda, deixe sobrando uns três ou quatro dedos e corte a sobra.


Captadores

Captadores fazem uma grande diferença no timbre, volume, corpo...
Existem diversos tipos e marcas e para chegar no que vc quer, só testando.
Só abandono um captador depois de comprovar que o mesmo não vale um tostão furado, mas antes disso faço bastantes testes com ele. Passei a pensar assim, depois que descobri que um determinado captador que eu tinha, soava um lixo em madeiras normais e depois me surpreender com ele em uma guitarra vagabunda que eu tive, cuja madeira acredito que fosse pinho.

Viajei na maionese e escavei a guitarra toda, fiz um tampo com um material que lembra alumínio (ou é alumínio..não sei) e é usado em cases. Minha idéia é que ela soasse meio como um dobro. Funcionou melhor ainda..ficou um misto de dobro com violão e o tal captador vagabundo traduziu isso de uma forma que nenhum outro que testei depois, captadores bons e de marca, conseguiram reproduzir com um som tão legal quanto ele. Este captador, pasmem...era um single que eu tinha da Sound Malagoli e que era vendido avulso nos anos 70.

Infelizmente o perdi em um acidente com cola Araldite..e esta guitarra terminou indo para o lixo. Portanto...nunca subestime um captador. Dependendo da madeira do corpo da guitarra, sua construção, se é sólida, semi-acustica, sua ponte... captadores aparentemente ruins, em algumas guitarras podem soar lindamente. Já alguns, são ruins mesmo e aí não tem santo que dê jeito.