Todo mundo que quer tocar guitarra, tem sempre uma primeira preocupação. Aprender a solar.
Acho que comigo também não foi diferente e um dos caminhos inevitáveis para aprender, é ouvindo discos que tenham grandes guitarristas.
Não lembro exatamente de todos, mas pelo menos 3 discos foram decisivos para mim. Curiosamente os 3 foram gravados ao vivo.
O primeiro, que já citei aqui em algum post, foi o do Rory Gallagher.
Considero até hoje minha aula mais importante, seu solo em "Messin with the kid" do disco "Live In Europe", que ouvi fresquinho na época de seu lançamento.
O segundo, o considero também uma aula de timbres, sutilezas, belezas e bom gosto. O ouvi também na época de seu lançamento, fresquinho, cheirando a novo. Wishbone Ash "Live Dates"..o primeiro Live Dates da série.
O terceiro, já tinha sido lançado mas me chapou e me clareou os ouvidos da mesma forma. Allman Brothers "Live At Fillmore East" em particular na música "In memory Of Elizabeth Reed"...mas não só por ela.
Esses discos foram responsáveis por boa parte do que aprendi sobre como tirar sons, timbragem, como um solo de improviso pode ser interessante...
Tem outros, de outras bandas, mas esses me marcaram muito e acredito que com todo mundo seja assim. Um determinado disco, ou músico, acende uma luz na tua cabeça e você entende algo...é o estopim...aí não tem mais volta.
Blog de Fernando Medeiros, guitarrista e compositor. Assuntos ligados a música, guitarra slide, anos 70, histórias, lugares, instrumentos musicais, grandes guitarristas, bandas imperdíveis, pedais, rock, jazz-rock, blues, progressivo e muito mais.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
Palhetas e duos de guitarra
Palheta
Palhetas...sim, elas também atuam no timbre. Uso as médias e pra mim esta ok. O material usado também influencia e mais uma vez é questão de gosto. Particularmente não gosto do timbre das feitas em nylon, assim como não gosto da textura delas. As palhetas que mais gostei, me parece que a Fender não fabrica mais ou pelo menos eu nunca mais as encontrei nas lojas. Nos anos 80 eles usaram um plástico que lembrava neon e tinham cores vibrantes como as da época. Rosa choque, verde limão, vermelho alaranjado... eram perfeitas no timbre, pegada e na durabilidade. Fora essas, as tradicionais tartarugas da Fender e algumas outras de plástico servem. O formato da palheta, novamente é questão de gosto e adaptação e não existe o melhor.
Existe uma gama de sonoridades e variações de timbre na região do corpo da guitarra, na área que nossa mão direita (ou a mão que estiver usando a palheta) fica posicionada. Da ponte ao início do braço, temos pequenas variações de côres. Se formos palhetando alguma corda ao longo dessa região, percebemos que seu som, timbre, corpo..vai alterando. Perto da ponte ele é mais magro, agudo, frágil.. e podemos brincar com isso, caso a gente queira dar um colorido diferente no solo. Atente sempre para sutilezas.
Maneiras de se atacar as cordas, variações de ãngulo da palheta em relação a corda, palhetadas mais pesadas ou mais leves, o que tem a ver também com a interpretação que você queira dar...ou seja..dinâmica.. ligação direta com o uso que você souber fazer da palheta.
Uma banda que se destacava em relação a timbragens e sutilezas e que seus guitarristas usavam bastante este(s) recurso(s) da palheta, era o Wishbone Ash. Andy Powell e Ted Turner eram mestres em extrair os mais belos timbres possíveis de suas guitarras. Guitarras essas que não tinham nada de diferente de qualquer outra...a diferença era quem tocava nelas. Ouçam o primeiro disco ao vivo deles de 1973, chamado Live Dates. A riqueza de timbres e técnicas para se conseguir extraí-los, estão por ali.
Claro que nisso entra também a timbragem do amp e as vezes o recurso de algum pedal, mas basicamente, os guitarristas da época não tinham muitas opções além da guitarra, do amplificador, bom gosto, talento e idéias.
Outro bom exemplo que posso dar, é com o falecido e um dos grandes e influente guitarrista da história do rock, Rory Gallagher. O tema "Messin with the kid" de seu álbum Live In Europe, é um bom exemplo disso.
Jeff Beck é outro que também usava muito esses recursos de palheta.
Bandas com duos de guitarras sempre me fascinaram e entre as que conheço, o Wishbone Ash se supera nesses quesitos e timbragens. Existem muitas bandas com dois e até 3 guitarristas, que chega a ser um desperdício de criatividade...ao contrário do Wishbone e algumas outras como o Man, uma banda que tinha um som super interessante, algo como um Rock Progressivo Psicodélico de garagem. Eles também eram ricos em timbres e gostavam de brincar com delays, por exemplo. Nessas bandas, as guitarras realmente teciam e não ficavam ambas fazendo a mesma coisa, como já vi muitas outras com esta formação fazerem. Normalmente são bandas ligadas mais ao rock tradicional, cujo tipo de som não pede muitas variações e mesmo quando tem, giram em torno de um mesmo universo...mas acredito que poderiam ser mais criativas.
O Allman Brothers com Duanne Allman e Dick Betts, criou escola com seus slides, timbres, longas jams e fez inúmeros seguidores, mais ou menos influenciados por eles. King Crimson com Robert Fripp e Adrian Belew também são bons exemplos de timbres e efeitos inusitados e também duas guitarras fortes, cada uma fazendo suas partes, uma diferente da outra. O Doobie Brothers também se destacava, muito em função de seu guitarrista Pat Simmons que junto a Tom Johnston, criavam boas texturas. Streetwalkers, principalmente por um de seus guitarristas, John Charlie Whitney, com excelentes linhas de harmonia, conversando com a também boa guitarra de Bob Tench...o outro guitarrista do Streetwalkers.
A importância da guitarra base. lembre-se que guitarra não é só solo e tirando música instrumental, o trabalho dela é basicamente calcado na base.
O Grand Funk Railroad, por exemplo, no quesito guitarra não se destacava nos solos ou por ter um guitarrista genial, mas Mark Farner, entre outras qualidades como, cantor e compositor..além de homem de frente... era um excelente guitarra base, sabia usar muito bem o wha-wha e tinha um timbre personalíssimo.
Palhetas...sim, elas também atuam no timbre. Uso as médias e pra mim esta ok. O material usado também influencia e mais uma vez é questão de gosto. Particularmente não gosto do timbre das feitas em nylon, assim como não gosto da textura delas. As palhetas que mais gostei, me parece que a Fender não fabrica mais ou pelo menos eu nunca mais as encontrei nas lojas. Nos anos 80 eles usaram um plástico que lembrava neon e tinham cores vibrantes como as da época. Rosa choque, verde limão, vermelho alaranjado... eram perfeitas no timbre, pegada e na durabilidade. Fora essas, as tradicionais tartarugas da Fender e algumas outras de plástico servem. O formato da palheta, novamente é questão de gosto e adaptação e não existe o melhor.
Existe uma gama de sonoridades e variações de timbre na região do corpo da guitarra, na área que nossa mão direita (ou a mão que estiver usando a palheta) fica posicionada. Da ponte ao início do braço, temos pequenas variações de côres. Se formos palhetando alguma corda ao longo dessa região, percebemos que seu som, timbre, corpo..vai alterando. Perto da ponte ele é mais magro, agudo, frágil.. e podemos brincar com isso, caso a gente queira dar um colorido diferente no solo. Atente sempre para sutilezas.
Maneiras de se atacar as cordas, variações de ãngulo da palheta em relação a corda, palhetadas mais pesadas ou mais leves, o que tem a ver também com a interpretação que você queira dar...ou seja..dinâmica.. ligação direta com o uso que você souber fazer da palheta.
Uma banda que se destacava em relação a timbragens e sutilezas e que seus guitarristas usavam bastante este(s) recurso(s) da palheta, era o Wishbone Ash. Andy Powell e Ted Turner eram mestres em extrair os mais belos timbres possíveis de suas guitarras. Guitarras essas que não tinham nada de diferente de qualquer outra...a diferença era quem tocava nelas. Ouçam o primeiro disco ao vivo deles de 1973, chamado Live Dates. A riqueza de timbres e técnicas para se conseguir extraí-los, estão por ali.
Claro que nisso entra também a timbragem do amp e as vezes o recurso de algum pedal, mas basicamente, os guitarristas da época não tinham muitas opções além da guitarra, do amplificador, bom gosto, talento e idéias.
Outro bom exemplo que posso dar, é com o falecido e um dos grandes e influente guitarrista da história do rock, Rory Gallagher. O tema "Messin with the kid" de seu álbum Live In Europe, é um bom exemplo disso.
Jeff Beck é outro que também usava muito esses recursos de palheta.
Bandas com duos de guitarras sempre me fascinaram e entre as que conheço, o Wishbone Ash se supera nesses quesitos e timbragens. Existem muitas bandas com dois e até 3 guitarristas, que chega a ser um desperdício de criatividade...ao contrário do Wishbone e algumas outras como o Man, uma banda que tinha um som super interessante, algo como um Rock Progressivo Psicodélico de garagem. Eles também eram ricos em timbres e gostavam de brincar com delays, por exemplo. Nessas bandas, as guitarras realmente teciam e não ficavam ambas fazendo a mesma coisa, como já vi muitas outras com esta formação fazerem. Normalmente são bandas ligadas mais ao rock tradicional, cujo tipo de som não pede muitas variações e mesmo quando tem, giram em torno de um mesmo universo...mas acredito que poderiam ser mais criativas.
O Allman Brothers com Duanne Allman e Dick Betts, criou escola com seus slides, timbres, longas jams e fez inúmeros seguidores, mais ou menos influenciados por eles. King Crimson com Robert Fripp e Adrian Belew também são bons exemplos de timbres e efeitos inusitados e também duas guitarras fortes, cada uma fazendo suas partes, uma diferente da outra. O Doobie Brothers também se destacava, muito em função de seu guitarrista Pat Simmons que junto a Tom Johnston, criavam boas texturas. Streetwalkers, principalmente por um de seus guitarristas, John Charlie Whitney, com excelentes linhas de harmonia, conversando com a também boa guitarra de Bob Tench...o outro guitarrista do Streetwalkers.
A importância da guitarra base. lembre-se que guitarra não é só solo e tirando música instrumental, o trabalho dela é basicamente calcado na base.
O Grand Funk Railroad, por exemplo, no quesito guitarra não se destacava nos solos ou por ter um guitarrista genial, mas Mark Farner, entre outras qualidades como, cantor e compositor..além de homem de frente... era um excelente guitarra base, sabia usar muito bem o wha-wha e tinha um timbre personalíssimo.
Primeiras timbragens
Desde que me lembro, sempre tive minha atenção voltada para os timbres das guitarras. Se ouvia algum guitarrista cujo timbre não me agradasse, geralmente perdia o interesse em continuar ouvindo, exceto se o tal guitarrista tivesse algo além, apesar do timbre feio. Minha gana por isso cresceu e me fez ficar ligado nos detalhes. Aos poucos fui percebendo que muita coisa envolvia ter uma boa timbragem.
Primeiro reparei no que o guitarrista fazia, como ele tirava os sons...até então, para mim era basicamente ele e a guitarra. Em 1970, conhecia uma ou outra banda de rock e muito do pop da época e da decada passada. Em 1971, motivado pelo som do Santana, comprei um bongô. Aprendi apenas uma música e larguei de mão. Atravéz de um amigo de infãncia (Ivon Azambuja) e que também estava começando a se interessar em tocar, aprendi meus dois primeiros acordes...da mesma música do Santana que eu tentava tocar no bongô. Um mi e um la..só tinha isso na música. Santana não foi uma influência para mim, apenas um acaso. Em seguida arrumei meu primeiro violão. Na casa deste mesmo amigo, atravez de seu irmão mais velho, Wilson, que era meio hippie e estava antenado no que acontecia e também atravez de meu irmão mais velho, eu ia conhecendo novas bandas.
Foi na casa desse amigo que ouvi pela primeira vez Rory Gallagher, e não poderia ter sido de forma melhor. Seu disco Live In Europe havia acabado de sair, ele havia sido eleito o músico do ano pelo jornal Melody Maker e o melhor guitarrista de 1972. No começo de 1973 estava com minha primeira guitarra, que consegui trocando por minha última prancha de surf. O disco do Rory tinha sido como uma janela se abrindo para mim e me lembro degustando e absorvendo a guitarra de Messin with the kid, prestando atenção em cada detalhe do solo do meio. Ali percebi que aquele monte de variações nas notas, eram basicamente criadas pelas mãos dele. O uso da palheta, harmônicos, abafamentos, picados, modulações no som...uma coisa foi me levando a outra e a percepção ia aumentando, na medida que ia aprendendo como reproduzir aqueles detalhes e via que tinha mais coisa ali do que eu pensava.
Reparei que Rory as vezes fazia soar notas como se elas tivessem um wha-wha natural. Rory usava também um recurso deste tipo, mas usando o potenciometro de tonalidade da guitarra para fazer este efeito. A outra forma com que ele fazia isso, não era tão clara, mas observando e por tentativa e erro, descobri que aquelas modulações estavam totalmente ligadas a palhetada, a timbragem no amplificador, que precisava de um certo nível de saturação e que em algumas regiões do braço elas soavam mais fáceis. Como tive sorte com meu primeiro amplificador, que mesmo com pouquíssimos recursos timbrava lindamente e com o volume no talo saturava, cheguei próximo do que ouvia o Rory fazer. Claro que isso foi com o tempo. Algumas descobertas vem as vezes por acaso e acende uma luz em você..."ahhh, é assim que ele faz", "opa, que isso? Consegui tirar aquele som..." E você vai percebendo também o que precisa para conseguir esses sons.
Rory Gallagher foi fundamental para mim, inclusive por me permitir entender outros guitarristas..como foi o caso do Jimi Hendrix, que eu já conhecia mas sua guitarra genial estava além do que eu poderia entender, até então. A medida que fui aprendendo coisas, não só com ele, mas também com o monte de outros guitarristas que ia conhecendo ou redescobrindo, como o Hendrix, minha curiosidade em relação a guitarra, o que tinha dentro dela, a imensa variante de timbres que eu ouvia...só foi aumentando. Uma coisa levou a outra e comecei a fazer alguns testes, para ver se conseguia alguma alteração no timbre da minha guitarra, algum ajuste em algo que eu sentia não ser legal nela...ia fazendo por tentativa e erro. Errava mais que acertava mas tudo certo. Por sorte minha, esta guitarra tinha uns captadores estilo soap bar e soava realmente quente, daí que ela respondia bem as experiências que eu tentava.
As vezes só temos uma guitarra, que pode ser um excelente instrumento ou um instrumento não tão bom assim, mas que é o que você tem no momento. Nunca tive pena em esmiuçar uma guitarra e nem sou um purista daqueles que acha um sacrilégio alterar um instrumento, seja ele vintage, novo, velho... sempre me importou a funcionalidade dele e as alterações que fiz e faço, são sempre buscando uma determinada sonoridade, ou para tentar suprir alguma deficiência que o instrumento tenha e que me incomoda, ou me falta. Ficar trocando de guitarra nunca foi a minha, exceto se você tem comprovadamente um pau de cordas na mão, aí não vale a pena tentar transforma-la em algo decente.
Daí que as respostas que tive com meus experimentos vida a fora, me fizeram chegar a algumas conclusões. Não sou dono da verdade e é claro que certas coisas funcionam para mim, para outros pode ser que não, tudo depende da resposta que cada um tem e de suas espectativas em relação aos testes que faz.
Minha primeira guitarra, uma Giannini Gemini, foi praticamente desconstruida por mim. Meu primeiro violão, e o segundo também, foram pelo mesmo caminho. Não pense que sou um louco destruidor de guitarras e violões. Sempre que me aventurei a tentar fazer algo, foi buscando alguma mudança que na teoria funcionava e na prática.. bem, algumas vezes não funcionava. Já me arrependi algumas vezes, mas ainda prefiro acreditar na máxima "tentativa e erro" pois podemos ter belas surpresas.
Experiências
Pulando os tempos, no final dos anos 80 estava querendo ter um peso maior nos agudos de minha Strato e imaginava que colocando um humbucking na ponte eu conseguiria isso, uma vez que via gente usando com essa finalidade. Mas não queria perder o single coil da ponte também. Não pensei duas vezes. Comprei um humbucking PAF da DiMarzio e escavei a madeira, de modo que coubessem os dois pick-ups. Luthier naquela época continuava não sendo muito fácil de se achar. Eu conhecia apenas alguns velhinhos donos de lojas e que faziam pequenos ajustes, mas não eram exatamente luthieres e também nem sabia se eles ainda estavam vivos.
Sendo assim, peguei um formão e outras ferramentas menos nobres e escavei a vítima. Ficou uma porcaria o acabamento, mas para o que eu queria fazer estava perfeito. O problema seria o pick guard, pois naquele tempo, não tinha como hoje peças de reposição a venda nas lojas. Fiz o que? Cortei o escudo.
Fiz o buraco para o humbucking, junto com o single coil original da Strato, que passou a ter um ãngulo reto como os outros single coils. Precisei também botar uma chave extra para o humbucking e as variações que ele me daria. Não era um expert em parte elétrica, mas por estar acostumado a fuçar e com o esquema do DiMarzio ajudando, fiz as ligações.
Ficou uma lambança a fase do humbucking em relação a fase dos singles, mas ao mesmo tempo consegui uma gama de timbres novos e interessantes. Por algum motivo, atravéz do potenciômetro de volume também conseguia sutis variações de timbres e descobri que quando eu o abaixava ao redor do 7 ou 8, tinha o humbucking sozinho e conforme a posição da chave, em série ou paralelo.
Ficou perfeito, exceto que em pouco tempo descobri que não era um grande fã de humbuckings e o resultado é que ele ficou ali apenas como enfeite (um enfeite feio, diga-se de passagem) pois descobri que ao vivo, as variações com os single-coils não soavam assim tão bem e o humbucking sozinho não era exatamente o meu timbre. Para gravações, as combinações humbucking x single, soaram muito interessantes pela gama de timbres, mas ao vivo, em volume alto, não. Me arrependi principalmente em ter cortado o pick-guard original da Strato, mas são ossos do ofício.
De resto, tentei algo que funcionou mas não exatamente como imaginava. Mas de que forma eu saberia, não tendo uma outra guitarra para servir de cobaia e nem tendo como hoje, internet para buscar informações?
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