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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Wha-wha Colorsound

A Inglesa Colorsound - Sola Sound LTD, surgiu em 1964 e sua contribuição para a historia dos pedais de efeito é inegável. Continuam fabricando seus pedais vintage, que para um leigo talvez passem desapercebidos e sejam taxados de pedais de boutique, por serem coloridos, grandes... mas não se iluda. Esses pedais tem um imenso poder de fogo.

Vou analisar um wha-wha (2, na realidade) que tive, logo com total conhecimento de causa.

A Colorsound fabricou, não sei se ainda fabrica mas creio que sim... vários modelos de wha-wha. Simples, em conjunto com fuzz, com fuzz e volume...
Tive dois amarelinhos que eram esses combos. Wha-wha, Fuzz e Swell (volume).
O primeiro, uma versão em tamanho digamos normal e o segundo exatamente igual, só que em uma caixa mais larga, mas interiormente e sonoramente eram basicamente iguais, não consegui perceber nenhuma diferênça sonora.
Sua construção era bem robusta, mesmo seu box sendo de um metal bem fino, o que o deixava leve, ao contrario de wha-whas como o Cry Baby e o Vox.

O cursor que movimenta os potenciômetros (wha e volume) feito em plástico, nunca me deu problema e funcionava perfeito. Como em todo pedal de wha-wha, aconselho a não mexer neste engenho, a não ser por absoluta necessidade ou insatisfação com o timbre. Todas as vezes que inventei de fuçar esta parte e tentar fazer alguma alteração, tipo tentando posicionar o potenciômetro de forma que me desse mais grave ou agudo (não tentei isto no Colorsound por não haver necessidade, uma vez que sua sonoridade me agradava completamente) ..enfim, em outras marcas tentei...e me dei mal, não conseguindo ajusta-lo novamente de forma satisfatória.

Os jacks dos pedais Colorsound eram outro capítulo a parte. Mesmo sendo feitos de plástico rígido, eram de uma precisão e qualidade absurdas e caso você precisasse tira-los, podia fazer isso com a mão, sem necessidade de nenhuma chave ou alicate. Tenho alguns até hoje, firmes, macios e sem ruidos, e sempre que preciso fazer alguma troca de jacks, recorro a eles.

Os footswitches do fuzz e do wha-wha, se posicionavam da seguinte forma. O do wha-wha ficava na parte dianteira do pedal e o do fuzz, na traseira, onde se posiciona nosso calcanhar. Existia o risco de você ligar o fuzz quando estivesse usando o wha-wha ou o volume, mas comigo nunca aconteceu e sempre funcionaram a contento. Acredito que tenham feito uma versão deste pedal mais larga, justo para não ter este risco.
Esses footswitchs usados neste pedal, são os únicos defeitos que encontrei, pois eram feitos de plástico e não tinham a resistência necessária a esse tipo de peça. Dois deles quebraram comigo..não interiormente, mas na peça que acionamos com o pé. Ainda deu pra ser usado...bastava pegar uma chave de fenda e acionar a chave, mas aí é uma coisa inviável. Imagine você ter que fazer isso no palco..não tem como, além do ridículo que seria. Tive que trocar os foots.

O volume (swell) tinha o curso suave como deve ser um pedal de volume e funcionava sem problemas.

O Fuzz não era uma maravilha, mas se você não tivesse um pedal desses, uma distorção ou um driver qualquer separado, quebrava um grande galho. Não tinha recursos extras para ele, além da chave para aciona-lo, mas creio que a idéia da inclusão dele no wha-wha fosse apenas essa...ter também uma distorção, caso necessário.

De todos os wha-whas que ja tive ou testei, nenhum se compara a este em termos de timbre. Seguramente sua guitarra soará mais bonita com ele e não descarto a possibilidade de usa-lo apenas como um pedal de timbre, estacionado em algum ponto de seu curso. Usando-o normal como um wha-wha, ele brilha com sua gama de frequências realçadas e ao mesmo tempo suaves. Por exemplo..os agudos e os médios não gritam no seu ouvido e nem os graves sôam ôcos, como alguns wha-whas.
Hoje por ser difícil de se conseguir um pedal desses, opto pelo wha-wha da Vox, que é o mais honesto e de timbre mais agradável e gordo que conheço, mas em termos de beleza de timbre, esse da Colorsound, na minha opinião é imbatível. 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Overdriver, distorção, fuzz.....



Overdrivers, distorções, fuzzes.... é o tipo de pedal que sempre estamos procurando aquele especial.
As opções são incontáveis, mas achar o que te agrada nem sempre é fácil.

Não tive tantos quanto gostaria de testar, mas ao menos sei dos que mesmo sem testar fico com um certo pé atrás.

Pedais que tem apenas 1 controle de tonalidade...esses sempre me decepcionaram...nunca fiquei satisfeito com o timbre final. Prefiro até que não tenha controle nenhum de tonalidade.

Não existe meio termo e você relaxa com o que consegue ou se desfaz do bicho.

Dos que tive, alguns poucos me agradaram.

Tive um Ibanez chamado Mostortion, que soava bem interessante com humbuckings. Apesar de eu não curtir esses captadores, usava em uma Tele de luthier que tive e com ela esse pedal falava muito bem.
O Mostortion não tinha muito ganho, mas tinha controles de grave, médio e agudo individuais e isso fazia muita diferença pra mim que cismo com timbre. Quando fiquei sem essa guitarra (que virou de cobaia para testes) me desfiz do pedal...com single coils não o achava grandes coisas.


DOD FX 55. Uma distorção leve, simples e clean...ganho e volume só.
Era um pedal engraçado...as vezes eu conseguia um som bom e outras vezes não. Reparei que tinha a ver com o nível de volume que eu  usasse. Com o amp alto ele falava bem, com pouco volume era difícil. No geral tinha pouco peso e saturação. O maior atrativo que eu via nele era a clareza e o brilho...mas é pouco pra ficar com um pedal. Agora pensando aqui, ele com humbuckings devia soar bacana...já era!


Rat...tem quem ame...quase perdi os cabelos tentando timbrar.
Tinha um knob de filtro que funcionava como tonalidade sem muita opção, como é de praxe nesses controles únicos. Se botava mais agudo, perdia os graves e vice-versa...sem contar que a sonoridade dele me lembrava timbres mais heavy, o que não era a minha praia. Foi-se!


Tube Screamer. Funcionou pra mim como um complemento. Se você usa pouca saturação, é muito bom.

No meu caso, gosto que o pedal tenha um nível de saturação extremo, mas que eu tenha o controle disso na minha mão...sendo mais claro, no controle de volume da guitarra e na dinâmica que eu queira dar com minha mão direita. Pedais cujo ganho você não tem como controlar no volume da guitarra...ou seja, a medida que você o abaixa, o nível de distorção não diminui, não me interessam..me desfaço rápido e sem pena.

Tive alguns da Boss..com os tais controles únicos de tonalidade...não deixaram saudade.
Não estou falando de qualidade, estou falando de características.

O Overdriver deles eu gostava...assim como também gostava do primeiro compressor..ambos tinham apenas 2 controles e nenhum de tonalidade. Depois lançaram com mais recursos...incluindo o tal de timbre e não gostei de nenhum dos dois.


A inglesa Colorsound tinha coisas boas. Um deles era o Overdriver. No talo sôa como um fuzz e tem um pré poderosíssimo. Em amps valvulados não gosto muito, mas em transistorizados fica o bicho...faz parecer que estamos em um valvulado e tem um corte sensacional..não sei exatamente como definir este corte que falo, mas é como defino sua sonoridade.
Foi meu primeiro pedal de driver decente.. tenho um até hoje e adoro.
O primeiro que tive, consegui na época do grupo Hidrante...1978.

De tanto trocar peças quando ele quebrava, vendo que a qualquer hora iria parar de funcionar, pois até as trilhas da placa do circuito impresso já estavam se soltando, mandei fazer uma cópia e ficou praticamente igual. Depois de anos de uso, trocas de transistores e etc...tanto um quanto o outro pifou de vez.

Tempos depois consegui uma re-edição dele... vinha com um potenciômetro de volume em sua lateral. Os primeiros não tinham esse volume...só driver, grave e agudo.

Senti diferença no timbre...(não por causa do pot de volume) os anteriores que tive soavam mais harmônicos e doces...esse novo mais seco e médio.

Tenho um amigo que me quebra galhos e manja de construção de pedais. Pedi pra ele me fazer outra cópia do primeiro Colorsound. Eu tinha o esquema, as peças e também os defuntos...o meu primeiro e a cópia que fiz dele.
Esse amigo fez o pedal e pude comparar os timbres. Acredite, a cópia ficou melhor que o novo, pois usava as mesmas peças do primeiro...e o primeiro como disse, soava mais bonito.

Detesto ficar pisando em pedal...um dos motivos de eu gostar tanto do Overdriver Colorsound, é que toco o tempo todo com ele ligado..controlo a distorção no volume da guitarra.. mas já ha um bom tempo, tenho usado a distorção dos próprios amps em que toco..usando o volume da guitarra da mesma forma que com o pedal..... e claro que levo o Colorsound também. Quando o amp é meu ou o conheço, fica de stand by as vezes, mas quando não conheço o amp...vai que a distorção dele é uma boa porcaria...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Três wha-whas



3 Wha-whas

Vox, Colorsound e Cry Baby

Uma pequena e rápida opinião sobre wha-whas que já tive.
2 Colorsounds e 2 Cry Baby. Vox só tive um, e dos 3 é o meu preferido.

O Vox é o que tem o som mais cru e real, gordo e consistente.
O que eu tive tinha um recurso de você poder regular o potenciômetro na região de frequência que mais te agradasse...não sei se todos são assim.  Preferi não mexer nisso, apesar de ficar tentado.

O Colorsound é o campeão no quesito timbre. Não acredito que tenha outro wha-wha com o som tão bonito quanto ele. Tive 2 amarelos e ambos soavam assim...doces e cristalinos...só não eram gordos como o Vox, e isso pra mim faz bastante diferença no resultado final.
Ele vinha com um fuzz e também funcionava como pedal de volume. O Fuzz quebrava um galho se você não tivesse algo melhor e o volume era bom...normal.

Cry Baby. Acho-os agudos demais, magros demais...Tive dois e não gostei, o que de forma alguma queira dizer que o ache ruim. Suas características de timbre é que não me agradam.

Outras marcas não sei, mas o Vox e o Cry Baby são os mais usados e tradicionais...não tem muito o que inventar.